15 de julho de 2015

A LGDH MANIFESTA SOLIDARIEDADE PARA COM AS AUTORIDADES JUDICIÁRIAS DO PAíS


O ciclo vicioso da impunidade que continua a afectar a Guiné-Bissau põe em crise os alicerces do estado de direito e as aspirações legítimas do povo guineense. Por isso, a LGDH apoia e encoraja as autoridades judiciárias a prosseguiram com as suas ações de combate sem tréguas contra a corrupção solicitando as mesmas o respeito pelos direitos e liberdades e garantias dos suspeitos. 


 A LGDH exorta as autoridades políticas a se absterem de ações que visam condicionar a agenda da justiça com o único propósito de promover a impunidade. As deficiências e os vícios decorrentes da atuação das autoridades judiciais não são imunes ao escrutínio público, mas não podem ser objecto de manipulação política visando fragilizar as instituições judiciárias e lançar confusão no país.


6 de julho de 2015

A LGDH EXIGE O ESCLARECIMENTO CABAL E TRANSPARENTE DA MORTE DE UM CIDADÃO NACIONAL EM BISSORÃ.



Um cidadão nacional de nome Tchutcho Mendonça aproximadamente de 37 anos de idade foi encontrado morto hoje de manhã na cela da esquadra de polícia de Bissorã com sinais visíveis de tortura. Segundo informações recolhidas pela estrutura local da LGDH, o malogrado foi detido no passado dia 2 de Julho por alegados problemas com a sua própria família.

Respondendo a solicitação da LGDH, a polícia judiciária enviou de imediato para Bissorã uma equipa que inclui um médico legal, para apurar as circunstâncias da morte de Tchutcho. Devido a gravidade da situação a PJ resolveu transportar o corpo para Bissau para efeitos de observações mais aprofundadas, tendo procedido a detenção de 9 agentes da polícia de ordem pública daquele sector norte da Guiné-Bissau.

Uma delegação da LGDH chefeada pelo seu Presidente Sr.Augusto Mário da Silva vai proceder hoje por voltas das 8h30m uma visita junto da morgue do hospital Nacional Simão Mendes para constatar in loco o estado do corpo da vitima e posicionar oficialmente face ao sucedido.


Esta é a segunda morte em menos de um ano resultante das agressões brutais perpetradas pelos agentes da polícia contra cidadãos indefesos. Em Setembro de 2014, o cidadão Egas Mendes foi brutalmente espancado por por agentes da polícia de ordem pública tendo sucumbido aos ferimentos horas. O processo deste caso se encontra em julgamento no Tribunal Regional de Bissau.

Uma corporação policial que elege torturas e espancamentos como seu modus operandi não só constitui um obstáculo à democracia e a paz, mas também traduz numa afronta aos direitos humanos.

A LGDH condena fortemente este ato criminoso e exige a responsabilização criminal e disciplinar dos seus autores.