12 de outubro de 2020

RESPOSTAS ÀS DECLARAÇÕES DESAJUSTADAS DO UMARO SISSOCO EMBALO, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

O senhor Presidente da República, nas suas declarações no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, questionou se a Liga não estava aquando do rapto e espancamento do deputado da nação Marciano Indi, e da detenção abusiva do Militante do PAIGC Armando Correia Dias.

 

Mais a frente, o Presidente da República, na sua saga desenfreada de apologia à violência gratuita, enfatizou que citamos “Quem não se cuidar alguém há de cuidar dele” fim da citação. 

 

Perante a gravidade de tais declarações, os valores da unidade e coesão nacionais e do exercício imparcial da proteção da dignidade humana, impõem a obrigatoriedade de a Direção nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos esclarecer o seguinte:

 

O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, adotou como método do seu consulado a implantação de terror como forma de controlar a mente dos cidadãos. E para a materialização desta sua intenção maléfica, emergiu em Bissau um esquadrão de repressão de cuja referencia moral é supostamente o senhor Umaro Sissoco Embaló que, com a bênção deste, anda a espalhar o terror por todos os lados na Guiné-Bissau. 

 

Relativamente às detenções e espancamentos arbitrarias do deputado da nação e do militante do PAIGC, queremos lembrar ao Presidente da Republica que o povo guineense tem memória robusta, não se esquece dos fatos tao facilmente, o senhor Presidente deve seguir o exemplo. A Liga foi a primeira organização a denunciar o rapto do deputado Marciano Indi, logo depois de ter sido contactada pelos seus familiares e fizemos as diligencias que as circunstancias impunham para que efetivamente conseguíssemos a sua libertação.

Outrossim, no caso do Armando Correia Dias, graças à intervenção pronta e eficiente da Liga, o mesmo teve a autorização para a assistência médica e medicamentosa e contactar com o Advogado, o que permitiu a sua libertação horas depois.

 

Queremos garantir ao senhor Umaro Sissoco Embaló que a Liga Guineense dos Direitos Humanos já mais se desviará dos seus princípios e das diretrizes da sua intervenção na promoção e proteção dos direitos humanos e do Estado de Direito Democrático.   

 

A LGDH manifesta mais uma vez a sua total abertura em colaborar com as autoridades nacionais. Todavia, estamos determinados em combater todas as derivas ditatórias que visam minar as nossas conquistas democráticas. No estado de direito e democrático a manutenção da ordem e respeito pelas regras não se compaginam com livre arbítrio das autoridades, mas com o respeito escrúpulo pelos ditames legais. 

 

Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos!