10 de novembro de 2022

𝐈𝐌𝐕𝐅 𝐞 𝐋𝐆𝐃𝐇 𝐈𝐍𝐀𝐔𝐆𝐔𝐑𝐀𝐌 𝐄𝐒𝐂𝐑𝐈𝐓Ó𝐑𝐈𝐎𝐒 𝐃𝐎 “𝐎𝐁𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐓Ó𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐏𝐀𝐙” 𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐑𝐎𝐕𝐈𝐍𝐂𝐈𝐀𝐒 𝐋𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐄 𝐒𝐔𝐋

Nos dias 5 e 6 de novembro decorreram as cerimónias oficiais de inauguração das antenas regionais, em Gabu e Buba respetivamente, do OBSERVATÓRIO DA PAZ ("Nô Cudji Paz”) implementado pelo #IMVF em estreita parceria com a LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos e financiado pela União Europeia (União Europeia na Guiné-Bissau).

 

A cerimónia de inauguração do escritório de Gabú foi presidida pela governadora da região, Srª. Elisa Tavares Pinto, na presença dos Comissários Regionais da Polícia de Ordem Pública, e Guarda Nacional, Régulo Central de Gabú, líderes religiosos, jornalistas e representantes das organizações da sociedade civil.

 

Na sua alocução no ato, a Governadora da Região de Gabu, Elisa Pinto Tavares, referiu que “estamos a trabalhar na prevenção com as nossas forças de segurança. Sentimos de facto pressão, ameaças, sentimos mesmo a ameaça do extremismo religioso na nossa região. Já estamos a trabalhar na prevenção do radicalismo e do extremismo violento. Há pouco tempo houve uma situação concreta, mas as nossas forças de segurança e autoridades tradicionais intervieram para responder à situação.”

 

Elisa Pinto Tavares não escondeu a sua satisfação pelo fato de a sua região acolher um dos escritórios provinciais do Observatório da Paz. “É uma grande felicidade para a região de Gabu termos sido escolhidos para albergar este espaço”, frisou. 

 

A Governadora da Região de Gabú aproveitou o ensejo para enaltecer o papel da LGDH, o qual considera de complementar à ação governamental e concorre para a eficiência da governação. “O papel da LGDH complementa a Governação, sem o papel da LGDH governamos com deficiência. A LGDH é um ator que contribui para o desenvolvimento do país. A LGDH defende o direito de todos nós, vincou.”

 

Por seu turno, O presidente da LGDH, Augusto Mário da Silva, explicou que “este espaço integra a rede do Observatório da Paz, projeto implementado pela LGDH e pelo IMVF”. 

 

Segundo o Presidente da LGDH, o projeto “trata a questão da prevenção do radicalismo e extremismo violento”. Prossegue dizendo, “o mundo inteiro está abalado com fenómenos de radicalismo e extremismo violento, inclusive na nossa sub-região, veja-se a Costa do Marfim, o Burkina Faso, Mali; há muitos países com manifestação de extremismo. Na Guiné-Bissau não podemos ficar de braços cruzados. Há manifestações deste fenómeno em várias vertentes, na política com recurso a discursos de ódio. Nas relações na comunidade, somos intolerantes uns com os outros e utilizamos discursos muito violento. E a nível religioso, ouvimos falar na intolerância religiosa, e há pessoas que não sabem conviver com pessoas que não são da sua religião.”

O régulo central de Gabu, Saico Embaló, deu os parabéns à LGDH por ter aberto este escritório na região de Gabu e pediu à organização que colabore com os régulos, poder tradicional, no que toca à questão dos direitos humanos, porque a população está em sintonia com eles. “Qualquer coisa, a LGDH que nos informe para nós mobilizarmos a comunidade e as autoridades policiais.”

 

Depois do Gabu, a delegação da Liga seguiu para sul do país onde, no dia 6 de novembro, procedeu a inauguração do escritório provincial sediado na cidade de Buba, região de Quinara. A cerimónia foi presidida pelo Adjunto do Comissário Provincial, Maino Domingos Fernandes, e contou com a presença do Presidente da LGDH, Augusto Mário da Silva, do Coordenador do Projeto, Bubacar Turé, bem como de oficiais da Guarda Nacional, líderes tradicionais, religiosos, e membros da sociedade civil e da comunidade local.

 

O projeto Observatório da Paz integra um escritório central em Bissau, visa contribuir para a consolidação da paz e coesão nacional na Guiné-Bissau, através do reforço da participação cívica, trabalho em rede e estabelecimento de parcerias estratégicas entre as organizações da sociedade civil e as instituições do Estado.

 

Ao mesmo tempo estabelece a ligação com 3 antenas provinciais descentralizadas. Estas antenas estão sedeadas em Gabu, Buba e São Domingos com a finalidade de apoiar o trabalho de 26 pontos focais que abrangem as 9 regiões do país. Os pontos focais terão variados perfis, incluindo membros da sociedade civil com experiência em trabalho comunitário, monitorização de direitos humanos e prevenção e gestão de conflitos, assim como membros de associações religiosas, organizações da sociedade civil (OSC) de mulheres e jovens, beneficiárias do projeto.

 

A cerimónia de inauguração da antena na província norte do país, região de Cacheu, cidade São Domingos está prevista para o dia 19 de novembro de 2022.

 







9 de novembro de 2022

PRÉMIO "JORNALISMO E DIREITOS HUMANOS": ABERTURA DO CONCURSO PARA A 9.ª EDIÇÃO

Pelo nono ano consecutivo, os promotores da Casa dos Direitos divulgam este galardão com o objectivo de reforçar o papel dos jornalistas enquanto agentes de mudança de mentalidades na sociedade guineense, estimulando a construção de uma cultura de participação democrática e cívica, com vista à promoção e à defesa dos direitos humanos. 

O concurso inclui um prémio de 300.000 CFA, e um conjunto de livros sobre a temática dos direitos humanos para cada uma das categorias seguintes

a)   Imprensa escrita de âmbito nacional;

b)   Rádio de âmbito nacional ou comunitária;

c)   Televisão de âmbito nacional ou comunitário. 

O período para entrega das candidaturas termina a 30 de Novembro, nos seguintes endereços: 

a)    Entrega por correio eletrónico: lgdh6@hotmail.com ou observatoriodireitos.gb@gmail.com;

b)    Entrega em suporte papel, USB ou CD: Na Casa dos Direitos, Rua Guerra Mendes, Bissau. 

O regulamento do prémio pode ser consultado Aqui


O anúncio dos vencedores do concurso e a respectiva cerimónia de entrega dos prémios, serão realizadas nas celebrações do Dia Internacional dos Direitos Humanos 10 de Dezembro.

Esta 9.ª edição do prémio é uma iniciativa da LGDH, juntamente com a Casa dos Direitos, a Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP) e o Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (CEsA) do ISEG/ULisboa, e conta com o apoio financeiro da Cooperação Portuguesa.