8 de agosto de 2015

PELA MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE E PAZ NA GUINÉ-BISSAU

O ciclo vicioso da instabilidade política na Guiné-Bissau tem sido apontado como um dos responsáveis pela degradação económica e social do país.

Desde a abertura ao pluralismo democrático e consequente realização das primeiras eleições gerais em 1994, nenhuma legislatura chegou ao fim e nenhum Presidente da república concluiu o seu mandato. Por conseguinte, foram-se somando crises cíclicas traduzidas em sucessivos golpes de estados, assassinatos políticos, enfim, violações sistemáticas dos direitos humanos.

As ultimas eleições presidenciais e legislativas de 2014, que elegeu o atual poder político, abriu novos horizontes e novas esperanças ao povo guineense em reencontrar com o seu próprio destino e almejar o direito ao progresso e bem estar social.

Infelizmente, mal tomaram posse, os titulares dos órgãos de soberania mergulharam de novo o país em crises de relacionamento interpessoal, minando seriamente os incomensuráveis esforços que a comunidade tem feito para a ajudar o país em relançar ao caminho do desenvolvimento sustentado.

No meio destas encruzilhadas e de tensões politicas, a LGDH acionou sempre os mecanismos proactivos que de certa forma contribuíram para  a atenuação dos efeitos nefastos de tais crises.

Com o eclodir desta nova crise em curso, a LGDH deixou claro a sua posição á sua excelência Sr. Presidente da República Dr. José Mário Vaz através de uma audiência que manteve com a Direção da organização no passado dia 6 de Agosto 2015, e que se resume no seguinte:

1.     A LGDH mantem total confiança à Sua Excelência Sr. Presidente da República no sentido de que irá, no quadro da sua função do garante da unidade nacional, velar pela  estabilidade, paz e defesa dos interesses superiores do país.


2.     Se por ventura a sua Excelência Sr. Presidente da República decidir enveredar pelo caminho da instabilidade pondo em causa a paz e as legitimas expectativas do povo Guineense terá uma forte oposição desta organização em parceria com outras forças vivas da nação.
A Guiné-Bissau não pode continuar refém dos interesses políticos ou partidários de determinado grupo de pessoas, chegou o momento de os cidadãos de forma cívica e ordeira, dizer BASTA a instabilidade.
os movimentos cívicos em curso nos últimos tempos na Guiné-Bissau lançam duas importantes mensagens à toda a classe política em geral:

Ø Os Guineenses jamais compactuarão com golpes políticos que poem em causa a paz e estabilidade e o direito legitimo de viver condignamente tal como outros povos do mundo.

Ø Os Guineenses declaram tolerância zero à impunidade, seja quem for, governante ou cidadão comum, se estiver envolvido em atos criminosos será responsabilizado política e criminalmente.

Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos