“Mais vale tarde do que nunca”
O parlamento guineense agendou para a sua sessão extraordinária que arranca no próximo dia 23 de Julho de 2018, a discussão e aprovação de três projetos de leis, concretamente contra o casamento forçado, a mendicidade forçada e lei de quotas para a participação das mulheres na política e nas esferas de tomada de decisão.
Os anteprojetos de leis contra o casamento forçado e mendicidade forçada, foram elaborados no quadro do projeto “Ora di No Diritu” uma iniciativa da ACEP- Associação para a Cooperação entre os Povos em parceria com AMIC - Associação dos Amigos da Criança, a LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos, TINIGUENA - Esta Terra é Nossae aCasa dos Direitos, com os apoios financeiros da União Europeia e Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.
Com o agendamento e eventual aprovação destes importantes instrumentos jurídicos de proteção dos direitos humanos e promoção da igualdade de género, a Guiné-Bissau dará um salto qualitativo no cumprimento das suas obrigações internacionais.
Os fenómenos de casamentos infantis e forçados, e a mendicidade forçada traduzem graves violações dos direitos das crianças, com indicadores muito preocupantes na Guiné-Bissau. Aliás, a LGDH registou casos que culminaram com as mortes das vítimas.
Nesta perspectiva, a LGDH encoraja a ANP ( parlamento) no sentido de aprovar estas legislações, por forma a erradicar estas práticas nocivas contra as crianças.
Dizia o líder saudoso líder imortal Amílcar Cabral que “ As Crianças são as flores da nossa luta e a razão principal do nosso combate”. A melhor forma de concretizar este sonho do fundador na nossa nacionalidade, é proteger os direitos das crianças.
Vamos todos dizer aos deputados aprovem estas leis contra:
Mendicidade forçada, Casamento precoce e forçado, vamos dizer aos deputados que a igualdade de género é um assunto de direitos humanos!