4 de abril de 2022

A LGDH RESPONSABILIZA O MINISTÉRIO DO INTERIOR PELA VIDA E INTEGRIDADE F´SICA DOS DETIDOS!


 

No quadro da sua missão de monitorização da situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau a LGDH recebeu as denuncias da detenção do Sr. Umaro Mané de 50 de idade, efetuada no dia 26 de Março de 2022, em Catio sul da Guiné-Bissau, pelos agentes da POP, acusado de suposto envolvimento no caso de 1 de Fevereiro.

 

De acordo com as informações recolhidas pela LGDH através de fontes familiares, a vítima padece de uma grave doença. 

Aliás, durante a sua condução de Catio para Bissau, terá desmaiado duas vezes supostamente provocado pela hipertensão arterial e, eventualmente, por outras patologias associadas.

 

Face a gravidade da sua situação, foi conduzido naquele mesmo dia ao Hospital Nacional Simão Mendes onde recebeu os primeiros socorros, tendo de seguida reconduzido às instalações da Segunda Esquadra em Bissau.

 

Na noite do dia 27 de Março, a situação clínica do Sr. Umaro Mané deteriorou-se consideravelmente com sinais visíveis de sangramento nos ouvidos e no nariz, fato que obrigou a sua condução de novo ao Hospital Nacional Simão Mendes onde mais uma vez apenas recebeu os tratamentos de primeiro socorro e obrigado a regressar a procedência.

Não obstante as diligências, em vão, efetuadas pela LGDH junto do Ministério do Interior com vista a sua libertação provisória e consequente internamento hospitalar, o Ministério do Interior insiste em priva-lo de liberdade, colocando em risco, de forma grosseira, a sua vida.

 

De acordo com as informações fidedignas recolhidas ainda hoje pela LGDH, a situação clínica deste cidadão nacional está a caminhar para um ponto de irreversibilidade caso as medidas urgentes não forem adoptadas.

 

Igualmente, a LGDH teve acesso as informações que dão conta que o Sr. Armindo Celestino da Silva vulgo (Djóto), detido no dia 07 de Fevereiro de 2022, se encontra gravemente doente.

 

Perante estes fatos e tendo em consideração os sérios riscos de vida que estes cidadãos correm, a LGDH exige a libertação provisória imediata dos mesmos, de modo a permiti-los beneficiar de assistências medica e medicamentosa adequadas à natureza das enfermidades de que padecem.

 

Por fim, a Liga responsabiliza o Ministério do Interior pela vida e integridade física de todos os detidos na Segunda Esquadra que se encontram em situação de vulnerabilidade sanitária.