Amilcar Cabral: 12.09.1924 - 12.09.2024
Se estivesse vivo, o líder da luta pelas independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde faria, hoje, 100 anos de idade. Amílcar Cabral dedicou toda a sua vida na luta contra o colonialismo, o imperialismo e todas as formas de opressão.
Para Amilcar Cabral, os desígnios da luta de libertação só fariam sentido se o nosso povo vivesse, na sua terra, em liberdade, na paz e com dignidade, isto é, no progresso construído por ele mesmo (o povo).
O seu compromisso com a dignidade humana incitou-lhe a consentir sacrifícios para hoje termos um país e uma nação em construção.
Porém, 51 anos após o seu bárbaro assassinato, crianças da Guiné-Bissau ainda morrem por falta de assistência médica e de medicamentos básicos; a educação de qualidade continua uma miragem; e o povo se vê privado de opinar, de se manifestar pelos seus direitos, ao mesmo tempo que as desigualdades e as injustiças sociais se normalizam a cada dia.
O Estado falhou na sua missão de construção do progresso para os guineenses.